segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Análise do console Nintendo Wii U


Caros gamers, neste post sairei um pouco da rotina de minhas percepções sobre os jogos e concentrarei meus esforços em uma breve análise do console Nintendo Wii U.


Você deve estar perguntando o porquê de uma análise de um console, quando o que importa mais são os jogos que eles oferecem, ou, de forma mais purista, a diversão que os jogos nos proporcionam. Mas foi justamente pela diversão que resolvi compartilhar com vocês minha experiência com esse novo console da Nintendo.
Ah, sim, claro! Só para esclarecer aos leigos (me incluo nessa lista): o Gamepad é aquele controle igual a um tablet com botões. O Wii Remote Plus é aquele controle igual a um controle remoto de televisão, porém com a função de movimento (que já existia desde o Wii). Vou comentar sobre eles várias vezes. Pronto.

Como tudo começou?
Neste trecho vou flertar sobre alguns pontos que me fizeram comprar um Wii U.
Primeiro fato: através de um boato de que o Final Fantasy VI será relançado, com novos gráficos, exclusivo para o Nintendo Wii U. Sim, o 6º episódio da saga FF, que já comentei várias vezes, é o melhor de todos. Só de imaginar que este clássico será recriado e exclusivo para o Wii U fez-me redobrar as atenções com o console.
Segundo fato: quando a Sony anunciou o preço do Playstation 4. É pessoal... sinceramente, acho a maior falta de respeito com os consumidores brasileiros o fato de que um dispositivo que custa 399 dólares nos EUAs (e na maior parte do mundo) custar 4999 reais aqui no Brasil. É um lucro de mais de 422% e eles ainda contra argumentam que são os impostos. Tudo bem que nossos impostos sobre produtos deste gênero são altíssimos, mas isso já é sacanagem. Uma pena que ela preferiu seguir nessa linha. Eu até pretendo comprar um Playstation 4 quando sair jogos bons, mas por enquanto...
Terceiro fato: retro compatibilidade com jogos do Wii, já muito conhecidos por serem casuais e perfeitos para jogar em família.
Quarto fato: retro compatibilidade com jogos mais antigos pela Virtual Console. Ou seja, aqueles joguinhos do N64, SNES e cia, todos disponíveis pelo serviço Virtual Console disponível nas redes do Wii U e do Wii (que também é acessível pelo Wii U).

Primeira impressão
Confesso que fiquei um pouco confuso com o mundo do Wii U, parte por minha total ignorância sobre seu antecessor Wii. Como assim? Seguinte: logo que comprei, eu fui de imediato na Miiware tentar baixar os joguinhos da Virtual Console e me deparei com a exigência de um controle Wii Remote para acessá-la. Eu já havia até comprado dois Wii Remote Plus pela internet, mas como ainda não tinham chegado, tive de esperar.
Fui então aos jogos do Mario e Luigi que vieram com o console. Ambos são excelentes! Ótimos para jogar em grupo ou individualmente. Eles ficaram ainda melhores quando meus Wii Remote Plus chegaram, pois a jogabilidade desses jogos com poucas opções é mais agradável no Remote do que no Gamepad.
Demorei um pouco também para conseguir comprar com meu cartão internacional nas redes do Wii U e Wii. Tive de cadastrar um usuário como se estivesse morando no Canadá e a partir daí ele passou a aceitar meu cartão normalmente. Uma conta dos EUA também funciona, mas os créditos não poderiam ser adquiridos diretos pelo cartão. Eu cheguei a fazer assim também: você compra créditos em outros sites (http://maximuscards.com/, por exemplo) e depois coloca o código na rede do Wii U.

Falando um pouco sobre o videogame
Estou adorando esse console! O sistema operacional do videogame em si não traz nenhuma grande vantagem sobre os concorrentes, talvez só uma melhor forma de interatividade no Miiverse – uma rede social da Nintendo. Fora isso, o Wii U também possui acesso à Internet, sua shop para baixar jogos, youtube, netflix, etc. O navegador é muito bom, principalmente no quesito usabilidade. Isso se dá por conta da facilidade de operação através do Gamepad.
Enfim, no geral, o uso do aparelho é excelente e ganha muito com o Gamepad.

Falando sobre os jogos multiplataforma
Joguei apenas dois jogos adaptados ao Wii U: Trine 2 Director's Cut e Resident Evil Revelations. Aquele é bem legal, mas não traz nenhuma diferença da versão das outras plataformas (PS3, por exemplo). Os gráficos são muito bonitos, mas nada foi acrescentado ao Gamepad. O jogo simplesmente utiliza seus botões como se fosse um controle normal. Já a capcom soube aproveitar melhor o console para sua franquia produzida para o Wii U. Através do Gamepad pode-se acompanhar o mapa, o inventário e munição. Confesso que também não é nada muito sofisticado, mas já dá uma diferença na jogabilidade. Eles também aproveitaram a telinha para centralizar os puzzles do game. Enfim, para esses dois casos multiplataforma, o Wii U se saiu bem, mas ainda nada fantástico. O ponto forte é justamente os jogos produzidos para ele.

Apenas um adendo: se você está pensando que o Gamepad não modificará em nada sua forma de jogar, está enganado! Ontem à noite eu estava jogando Zelda apenas no Gamepad para que minha esposa pudesse assistir TV. Sim, é possível jogar os jogos usando apenas a telinha (como se fosse um 3DS ou PSP). É claro que quando se faz isso você tem seu jogo em uma única tela, ao invés de duas. E pessoal, incrível, várias vezes eu estive olhando para a telinha e tive o impulso de olhar para uma segunda tela para ver o mapa ou os itens. Como fiquei acostumado a jogar com as duas telas (TV e Gamepad), jogar com uma só piora o jogo. Só experimentando mesmo pra entender. É muito legal jogar com a TV e Gamepad juntos, mas isso só fica interessante para os jogos que souberam aproveitar esses recursos.

Falando sobre os jogos Wii U
Sem sombra de dúvidas minhas ótimas experiências com os exclusivos do Wii U foi o ponto crucial para motivar esse post. Já fica registrada uma nota: as empresas que souberem criar jogos adequados ao console ganharão muito na jogabilidade! E tenho dito. Vou tentar explicar na prática o que eu quero dizer: Wii U Sports (baixado da eShop): o jogo faz um mix na utilização dos consoles e para as partidas de tênis e boliche, acredito, não inovaram tanto se comparado com o antecessor Wii. Entretanto, o jogo de golfe é incrível. Para jogá-lo, primeiro você deve apoiar o Gamepad no chão posicionando-o de frente para a TV (ele tem um suporte em formato de V que facilita isso, então desencana que o bicho não vai arranhar não). Em seguida você utiliza o Wii Remote Plus para simular o taco de golfe. O jogo então começa: a bolinha aparece na telinha do Gamepad, a ponta do taco é representada na telinha (quando você está apontando pra ela) e na TV (que também mostra o jogador fazendo o movimento). Quando você bate na bola (realizando um movimento de arco com o braço), toda a intensidade e direção do taco influenciam no movimento da bola no jogo. O legal é que como você visualiza a bolinha no chão, a impressão é de estar realmente praticando o esporte (exceto que o Wii Remote é mais leve que um taco de golfe... claro!).


Imagina que tipos de jogos o pessoal pode criar inspirando-se nessa combinação?

Próximo: Wii U Nintendo Land. Trata-se de um parque de diversão, combinando vários jogos. Tem uns jogos muito divertidos para vários jogadores, como por exemplo, Luigi's Ghost Mansion e Animal Crossing: Sweet Day e outros para um único jogador, como o Yoshi's Fruit Cart. Enfim, são vários e todos muito divertidos, mas eu gostaria de destacar a grande sacada de três deles: (1) Luigi's Ghost Mansion é como um pique-esconde, onde de 1 a 4 jogadores portam uma lanterna e o 5º controla um fantasma. Quem joga com o fantasma deve ficar com o Gamepad, enquanto os outros ficam com os Wii Remote Plus. O fantasma só pode ser visualizado na telinha do Gamepad, o que significa que todos os outros jogadores ficam apenas olhando para a TV na tentativa de encontrar o fantasma com a lanterna. Cara... é muito legal esse jogo! (2) Takamaru's Ninja Castle é um jogo de arremessar shurikens nos inimigos da tela. O grande lance é que para jogá-las, você deve segurar o Gamepad na vertical apontando para a televisão e realizar um movimento sobre a tela para disparar as estrelinhas. Cara, muito maneiro; (3) Donkey Kong's Crash Course é um jogo curioso onde você pilota um carrinho de molas através de uma grande fase. O jogo é muito divertido e combina o acelerômetro do Gamepad com ações nos botões. Até ai tudo bem... mas quando eu tive que “soprar” o controle foi foda! Caraca bicho, tem um determinado ponto que você entre em um elevador com uma ventoinha e aparece um popup dizendo para você soprar o microfone (localizado na parte inferior do Gamepad). Rapaz, muito sinistro... rsrsrs. Muito legal mesmo! Sopra o microfone e a ventoinha é acionada, fazendo o elevador subir.

Enfim, esses jogos casuais já são muito legais, mas agora vou falar da parte mais atraente do Wii U! E para discursar melhor sobre isso, em vez de falar sobre os jogos, vou comentar uma percepção de que eu vim tendo com o passar do tempo.

Com o PS3 eu vivi momentos muito divertidos, ok. Mas também tive momentos de decepção. Não me arrependo nem um pouco de ter comprado um, mas depois que comprei um Wii U fiquei pensando... Se você teve oportunidade de jogar os games do PS One, Nintendo 64, SNES, Mega Drive (Sega Genesis), etc, etc, vai se lembrar da variedade de jogos excelentes que existiam. Os consoles variavam entre 8 a 64 bits, tudo bem, mas pessoal, os jogos eram muito bons. Citando apenas alguns: Final Fantasy VI, Resident Evil, Resident Evil 2, Goldeneye 007, Mariokart 64, Zelda Ocarina of Time, Fallout 2 (esse era para PC), Mortal Kombat, Tomb Raider... enfim, muitos e muitos jogos das antigas que marcaram época. Daí, dentre aqueles que não eram exclusivos da Nintendo, a maioria passou a utilizar a plataforma Playstation (e mais recentemente, a Xbox). Os gráficos dos Playstation’s e Xbox’s são sinistros, entretanto, note que hoje eu pego um Final Fantasy e... que decepção! Vou colocar um histórico aqui: até o FF9, foi excelente. O 10, joguei bastante, mas não é tão bom. O 11 não joguei (on-line). O 12, também joguei um pouco, mas é repetitivo e enjoativo (que pena). O 13... cara que jogo ruim. Na verdade desde que os gráficos ficaram impressionantes – mais ou menos a partir do 10 – o jogo piorou muito na jogabilidade. Outro exemplo: Resident Evil. O RE4 é um bom jogo, mas na boa, nem se compara com os RE antigos (até o 3). Os gráficos de RE5 e RE6 são muito bons, mas tornaram-se shooters de má qualidade. Poxa, um grande jogo foi pro lixo (até que o Resident Evil Revelations fugiu um pouco dessa linha, confesso). De vários e vários jogos das antigas que eu e outros milhões de jogadores ficamos aguardando veemente, o único que vi se salvar foi o Fallout. A Bethesda modificou completamente a engine do Fallout 2 (que era da Interplay) mas o jogo continuou excelente. É claro, estou me atendo aos jogos antigos, mas os jogos novos (como Demon Souls, The Last of Us, etc) são ótimos. Enfim, todas as continuações que migraram para essas plataformas de poderio gráfico ficaram prejudicadas. E ai que entra o Wii U. Eu comprei um e com meu pensamento preconceituoso adquirido no PS2 e PS3 logo fui pensando: “Ih, esse Zelda novo ai deve ser uma porcaria. Deve ter gráficos melhores, mas os antigos com certeza eram mais fodas”. Ai que me impressionei! A continuação dos jogos da Nintendo permaneceu na linha excelente que tinham e ainda ficaram melhores! Tudo bem que ainda não joguei muitos, mas percebi isso no Mario e no Zelda (já encomendei um Metroid – do Wii – para comparar com o Super Metroid).

Enfim, esse papo todo foi para dizer o seguinte: as empresas hoje se preocupam em colocar um gráfico muito e muito sinistro nos jogos que com certeza fará que os gamers os comprem. Me parece que não estão muito preocupados se o jogo é bom ou tem uma história cativante como os jogos antigos. Eles querem só vender! Tá certo, eles tem que vender mesmo, mas acho que exageraram na dose! A indústria de games sofreu um abalo prejudicial quando percebeu o potencial de vendas que alcançaria tornando seus jogos máquinas de dinheiro em vez de máquinas de diversão. Sinceramente... sério mesmo, com os jogos da Nintendo eu percebi que isso não acontece tanto. Deve ter, com certeza, alguns nesse estilo, mas nesses últimos meses eu fiquei com a impressão de que a Nintendo realmente está preocupada em manter a diversão como foco. Eu já tinha lido sobre isso e achava besteira, mas agora estou começando a perceber também.

Bom, fica ai meu depoimento... rsrsrs. Hoje tenho a Sony e a Microsoft como aquelas empresas escrotas que devem colocar o povo para trabalhar em regime quase escravo e tentar empurrar para os clientes jogos e consoles cada vez mais caros e menos preocupados com a qualidade dos produtos. E por contrapartida tenho notado que a Nintendo ainda mantém aquela essência da década de 90 e 2000, se importando com os jogadores mais do que percebemos. Até o fato das capinhas dos jogos do Wii U serem de material reciclado ajudou na formação dessa percepção.


Contras
Como são muitos acessórios, de início é difícil saber com qual controle eu posso jogar o quê. São eles: Wii U GamePad, Wii U Pro Controller, Wii Remote, Wii Remote Plus (Wii Remote + Wii MotionPlus), Nunchuk e Classic Controller.



Pouco depois descobri que todos os jogos exibem uma lista de componentes necessários, indicando que você deve estar utilizando um ou outro controle para jogá-lo. Ainda assim isso é um pouco frustrante quando você não pode comprar um jogo porque você não tem determinado controle. Mas ai, paciência né, não tem jeito... rsrs.


 Então ficam ai minhas notas para o console.


Avaliação Geral:
Gráfico:
Música:
Dificuldade:

Abraços e obrigado pela companhia!

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